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Ninguém o nega. Nisso o senhor primeiro ministro de "meia dúzia" de portugueses foi melhor que Guterres, que mal pressentiu nuvens negras no céu, foi-se embora, com medo de se molhar. Nisso, foi ainda melhor que o seu adversário político, Barroso, que nem o lugar aqueceu...
Mas, caro primeiro ministro de meia dezena de portugueses, Napoleão também não desistiu e só fez "porcaria"; Hitler também não desistiu e a sua obra o que foi? Um cemitério gigante; Salazar não desistiu e o que nos deixou? deixou-nos no epicentro de uma guerra, e à beira de uma revolução.
"Não desistir" só é qualidade, enquanto não é defeito, sr primeiro ministro de alguns portugueses.
E a sua "não desistência" não é outra coisa senão um defeito com barba.
Senhor primeiro ministro de meia dúzia de portugueses, faça lá um favor a Portugal: desista de não desistir, caramba!
O primeiro ministro, José Sócrates, sublinhou esta quinta-feira no Parlamento que nunca pensou demitir-se, afirmando que não vira a "cara à luta" e está no Governo para cumprir o seu "dever”.
"Nunca virei a cara à luta e nunca me passou pela cabeça qualquer intenção de me ir embora. Nunca, em nenhuma circunstância. Pelo contrário, estou aqui para cumprir o meu dever", afirmou José Sócrates.
Sócrates falava no final do debate quinzenal, respondendo ao apelo de Paulo Portas, que em Julho, durante o debate do Estado da Nação, pediu ao primeiro-ministro para se demitir. "Compreendo aqueles que gostam apenas de gestos dramáticos. Aliás, imitando outros, lembro-me de Aznar com Gonzalez", sublinhou, referindo-se aos políticos e antigos presidentes do Governo espanhol.
Sócrates reclamou-se herdeiro de uma "esquerda histórica" que "sempre melhorou as condições sociais e reduziu as injustiças". "Antes de mim, já esteve aqui Mário Soares, em 77 e em 1983 e a ouvir o mesmo que ouvi e, nessa altura, esse primeiro ministro fez aquilo que devia, em nome do interesse geral, em nome de um projecto de sociedade, não em termos retóricos, mas em termos de responder a uma realidade, melhorando-a", declarou.
Talvez BRUNO PIRES um dia destes venha aqui explicar o que é o ECUMENISMO. Mas, em duas penadas, fica a ideia de que o Ecumenismo é a busca da unidade entre religiões.
Metaforicamente (utilizando a mesma palavra como imagem) o ECUMENISMO pode ser um princípio de acção para a união seja em que domínio for.
Pois bem, nós aqui esforçamo-nos por tentar cultivar essa nobre "doutrina" - que João Paulo II tão bem praticou. O problema é que...
O problema é que, por vezes, a nossa crença e a nossa vontade se deixam contaminar pela ingenuidade, pensando que os outros também querem a união...
Mas com o escoar dos dias, dos meses, e às vezes dos anos, vamo-nos apercebendo que há fogueiras que se alimentam apenas de palha... E depressa se apagam...
Entre esses que fazem fogueiras de palha:
Uns parecem BIPOLARES: ora estão eufóricos a participar e colaborar, ora desaparecem, e caem na inércia ou na inacção...
Outros, raça bem pior que a primeira, parecem partidários de Bin Laden, e só estão à espera de poderem atacar para destruir o que foi construído com sacrifício.
Dos Bipolares ainda se pode esperar alguma coisa, mesmo que pouca. Dos outros, dos fundamentalistas, muito dificilmente se pode esperar qualquer conversão.
Nós, que estamos atentos a todos os movimentos do(s) adversário(s), lá vamos fazendo o que podemos para manter a chama acesa, acreditando em nós e nos que nos apoiam, para que o ECUMENISMO possa um dia triunfar sobre a dissidência mesquinha e malévola.
CR
Miguel Sousa Tavares anda alegremente a malhar na classe docente deste país.
Eu acho que o Sr. Miguel devia consultar um especialista em fobias. Há quem sofra de xenofobia por detestar estrangeiros. O Sr Sousa sofre de profofobia - pois detesta os professores.
Há quem diga que a XENOFOBIA é uma doença curável através do contacto e convívio diário com os estrangeiros que se detestam. Pois bem, eu receitaria ao Sr Tavares um ano sabático a dar aulas em Freixo de Espada à Cinta. Acredito que viesse de lá outro homem, muito mais compreensivo com os que ele se vai entretendo a atacar, por não saber o que há-de fazer.
CR
Ninguém seria capaz de ideia tão original e criativa: cortar aos vencimentos da função pública a fim de reduzir o défice! Mas que grande ideia! Ninguém, por mais que espremesse o "miolo", teria uma ideia assim!
É preciso, aliás, recuar ao Rei-Sol, Louis XIV, que depenava tudo o que podia ao povo, para edificar sumptuosos palácios, para podermos encontrar uma ideia tão "peregrina".
Mourinho?! Qual Mourinho!?
Apenas Sócrates consegue estar à altura do grande Rei-Sol.
Viva Mouri..., perdão... Sócrates! Viva o TGV! Viva o desperdício! Viva a mentira descarada!
Viva a "merda" deste regime que quase todos detestam e de que quase ninguém se queixa!
1. Quem faz a revisão mental a Ângelo Correia? É que o Senhor anda a estupidificar o seu Benjamim ( P.Coelho) com a teimosia da Revisão Constitucional, e o Sócrates lá vai regressando à pole position...
2. Alguém sabe onde anda aquele chefe sindical que teve entrada de Leão e saída de Sendeiro naquela célebre querela da Educação?
3. E os professores deste país perderam o pio, ou voltaram a ser o que eram: Uns nómadas errantes, uns judeus desterrados e tristes?
Promessa cumprida: 3,1 milhões de euros permitiram ontem promover 831 agentes, 107 chefes e 102 oficiais. Sindicatos dizem-se satisfeitos
Mil e quinhentos polícias viram ontem à tarde as suas carreiras desbloqueadas com a publicação de um despacho que permite a subida de categoria de agentes, chefes e oficiais da PSP. O documento, que está assinado pelo director nacional da PSP, superintendente--chefe Oliveira Pereira, e pelo ministro da Administração Interna, Rui Pereira, já está disponível nas ordens de serviço do sistema interno da PSP.
A promessa de desbloqueio da verba, por parte do Ministério das Finanças, que permitia a concretização das promoções, foi feita na semana passada, apenas um dia depois da manifestação de polícias no Terreiro do Paço e que juntava sete sindicatos da PSP na luta pelas promoções e pela colocação dos efectivos policiais nas posições remuneratórias criadas pelo novo estatuto policial. Assim, foram promovidos 831 agentes, 107 chefes e 102 oficiais. E a promoção destes permitiu a subida de escalão a 460 elementos – para um total de 1500 beneficiados. Para isso a tutela teve de disponibilizar um total de 3,1 milhões de euros.
"Isto só nos dá razão quando dizemos que os polícias quando estão unidos conseguem atingir os seus objectivos", reagiu ao CM António Ramos, presidente do Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP). Por seu turno, Paulo Rodrigues, da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP), diz-se satisfeito com o desbloqueio. "Pela primeira vez temos as nossas reivindicações asseguradas. Só acho lamentável que tivéssemos de sair para a rua para conseguirmos, mas o propósito foi alcançado".
Esta era uma batalha dos sindicatos com mais de um ano. A decisão de desbloqueio das carreiras foi tomada a 23 de Setembro e transmitida aos líderes sindicais no início da vigília, em que centenas de polícias estavam dispostos a permanecer por tempo indeterminado no Terreiro do Paço até verem as reivindicações cumpridas. A manifestação acabou anulada.
"É A VITÓRIA SINDICAL": António Ramos, Presidente do SPP
Correio da Manhã – Como encara este desbloqueio nas promoções da PSP?
António Ramos – É uma vitória sindical porque mais uma vez a união venceu. Peca apenas por ser tardia e por se arrastar no tempo devido às nossas reclamações e, claro, à falta de verba.
– O que reclamaram?
– Sempre defendemos a regra da antiguidade nas promoções de carreira. As avaliações prejudicam a justiça na PSP.
"NÃO VAMOS PARAR A LUTA": Paulo Rodrigues, Presidente da ASPP
Correio da Manhã – Acredita numa mudança daqui para a frente?
– Sim, pelo menos quero acreditar que estamos num ponto de viragem. Tivemos de lutar muito mas valeu a pena.
– Agora entram numa nova fase das negociações?
– Agora vamos continuar a lutar. Já marcámos reuniões com o MAI para esta semana, por enquanto só dois problemas estão resolvidos na PSP. Faltam outros.
Petição Queremos novamente o parque de Pedras Salgadas Nós subscrevemos a Petição Queremos novamente o parque de Pedras Salgadas # Nome Comentarios 460 Ana Claudia de Oliveira Martins 459 Francisco da Cunha Ribeiro 458 José Alberto Loureiro dos Santos 457 Graça Maria Ferreira Faria 456 Maria da Conceição Rodrigues Teixeira Dias 455 Lídia Maria Silva da Rocha 454 António Carlos Loureiro da Costa 453 Maria Fernanda Leitao 452 Vanda Stelzer Sequeira 451 Miguel Pedro Mourão Carvalhais Gama 450 Francisco Manuel Seixas da Costa 449 Sara Martins Vilabril 448 Margarida Dias Teixeira 447 Agostinho Borges Serra 446 Maria Emília da Conceição Amorim dos Reis 445 jessica ribeiro da silva 444 Fernando Alberto Nobre do Vale 443 Henrique Jorge Machado O seu a seu dono. 442 Bruno Rafael Moura Fernsndes 441 Maria Carina da Costa Azevedo 460 pessoas já subscreveram. Lê a Petição Queremos novamente o parque de Pedras Salgadas
A música exprime melhor que qualquer outra arte os sentimentos mais íntimos e profundos da nossa alma. Esta foi a música que me acompanhou durante meses, ajudando-me a superar o luto do homenageado, o meu saudoso irmão - Abílio Ribeiro. Quem quiser perceber ( embora seja difícil por razões óbvias ) o que pretendo exprimir, leia o texto e oiça, ao mesmo tempo, esta belíssima canção de Zeca Afonso:
" A morte não é a escuridão. É uma lâmpada que se apaga, para que possa enfim raiar a aurora"
(adaptado de autor desconhecido)
Falar ou escrever sobre os nossos mortos parece-me uma excelente forma de insuflar um pouco de “ vida” a quem já não pode estar nela. É o coração “esquecido” dessas pessoas que volta a pulsar nas nossas memórias. E se escrevemos ou falamos para o público, pouco que seja, então é uma espécie de “missa campal” que lhes oferecemos. Porém, o retrato que fazemos daqueles que amamos, vivos ou mortos, resulta sempre do traço e da cor dos nossos afectos.
Fica, assim, avisado o leitor que é com a cor dos meus próprios afectos que vou recordar Abílio Ribeiro,
um mártir – entre muitos - da inconsciência humana que anda à solta pelas estradas deste país.
Abílio da Cunha Ribeiro nasceu numa casa simples de lavrador, em Parada de Aguiar, no ano de 1954. Durante a infância, teve de conviver, tal como a restante família, com a ausência do pai, emigrado no Brasil, durante sete anos.
Quando se sentou num dos bancos da 1ª classe da Escola Primária, logo se revelou um aluno de aprendizagem fácil. A tabuada, o ditado, e a aritmética eram assuntos com que lidava sem embaraço. Uma espécie de brincadeira mais séria que a do recreio, que não descurava, pois raramente se via parado, ou sentado - Jogando, correndo, saltando, enquanto o recreio durava. Era um miúdo feliz.
Depois de um exame de quarta acima da média, a família, aconselhada pela professora, teve a noção que o melhor seria pô-lo a estudar. Mas os parcos recursos não permitem alternativa: Ou ia para o Seminário, ou “passava à reserva”, como guardador de vacas e de sonhos.
Em Setembro de 1965, trajado de fato preto e gravata, ei-lo no apeadeiro de Parada do Corgo, de mala na mão, pronto a entrar no comboio, a caminho do Seminário de Godim, Régua. Não vou perder muito tempo com o seu percurso no Seminário ( Godim, Braga, Barcelos )
ao longo de sete anos de estudo. Apenas dizer que a sua inteligência, convivialidade e empatia fizeram dele um seminarista bem sucedido e feliz.
Sai do Seminário, com o sétimo ano ( antigo ) concluído. O orçamento caseiro impede-o de prosseguir os estudos. Decide então ganhar uns tostões, experimentando o trabalho duro da fábrica da Tabopan, no Ferreirinho.
A experiência foi má, pois poucos meses volvidos, já está a selar uma carta para enviar a Veiga Simão (Ministro da Educação), pedindo autorização especial para um exame de aptidão, “ad hoc”, de ingresso à Universidade de Coimbra, em Direito. Veiga Simão autoriza. Ele faz o exame, e entra na faculdade de direito de Coimbra, já o ano escolar decorria.
Não foi um estudante de alto rendimento académico. Sempre teve a noção que a vida, e sobretudo, a juventude, são pedaços de gelo que vão derretendo, e que rapidamente evaporam. Por isso seguiu à risca a filosofia horaciana do “carpe diem”, aproveitando o melhor que pôde os prazeres do quotidiano, sem esquecer a obrigação de, ao fim de cada ano académico, cumprir o objectivo mínimo de não reprovar.
Saído da Universidade, logo se lança na profissão. Estagia com Leal da Costa.
Faz uma rápida incursão no Ministério Público, como procurador, em Boticas. Sai, pouco tempo depois, decidido a exercer advocacia.
Segue-se uma década de intensa actividade profissional. O trabalho vai-se densificando. O sucesso profissional e material não param de crescer.
Sociável e ambicioso, ao lado da maratona profissional, encetara outra corrida de fundo: a maratona social e política. Preside ao Vila Pouca Sport Clube, à Associação dos Bombeiros Voluntários da mesma localidade; é vice-presidente do Grupo Desportivo de Chaves durante alguns anos, de onde sai para exercer o cargo de Vice-Presidente da Federação Portuguesa de Futebol.
Entretanto surge o apelo da política. O começo é promissor. A presidência da Câmara de Vila Pouca estava-lhe, há muito, na mente, agora está-lhe quase nas mãos.
Mas muito cedo na sua vida já era tarde demais. O destino negou-lhe o sonho que, certamente, lhe faiscava na alma. E que se esfumou em negros segundos, na berma da Estrada. A três pequenos quilómetros da terra que o viu nascer (Parada do Corgo) e a um escasso quilómetro daquela que quase o via morrer (Vila Pouca de Aguiar).
Partiu jovem para o outro lado do tempo. Do lado de cá, a família ficou, desarmada, impotente,
a chorá-lo.
Pudesse Deus parecer justo aos meus olhos e eles não chorariam.
Cunha Ribeiro
Depoimentos de amigos:
Francisco José Gomes
"... mimha primeira lembrança foi precisamente o dia e a hora em que soube a fatídica notícia. Estava em Oeiras no INA, sito na Quinta do Marques de Pombal, a fazer o curso de programação, quando à hora do almoço o meu colega de serviço e de curso o Heitor Codeço, o Heitor de Fontes que morava no Serralheiro e foi colega no seminário do meu irmão, me disse: O Abílio teve um acidente muito grave e faleceu. Eu fiquei perpelexo e disse, não pode ser. Deve haver engano, tão dificil foi aceitar a ideia dessa possibilidade. Mas infelizmente era verdade.
Depois quando vi a foto, que eu tenho uma exacatamente igual em minha casa, foi um recordar de tanta coisa!
Bons tempos e bons colegas. Há um colega, o que está sentado à minha frente e ao lado do teu irmão,o Dr. João Nabais, que de vez em quando vejo, pois trabalha aqui perto de mim,no Ministério da Saúde.
Quanto ao teu irmão Abilio, que dizer? Para além da nossa vivência diária como irmãos até ao fim da idade escolar, passamos 7 anos juntos longe das nossas famílias, e que sempre nos apoiamos um no outro para ultrapassar as saudades de casa, as dificuldades e adversidades da vida de estudantes. SOMOS BONS AMIGOS e concordo plenamente contigo ao afirmares que era muito cedo para ele ter morrido."
Um abraço.
Francisco Gomes
António Cândido:
Ao longo da minha vida nunca me esqueci daquele sorriso alegre, e da personagem agradável que era o meu querido amigo ABILIO DA CUNHA RIBEIRO. Partilhei com ele, momentos bons da vida nos nossos encontros, tanto em Parada como em Lisboa. Quando soube da sua morte, senti um vazio tão grande, que imediatamente me pus ao caminho para o último adeus. Embora eu seja um pouco mais velho, ainda anda -mos na escola primária em Parada e já nessa altura o ABILIO se destacava como bom aluno.
Cresceu, e fez-se um grande homem, sempre o admirei pelo percurso da sua vida, e chegar onde chegou. Quando me desloco ao cemitério em Soutelo, tenho sempre comigo uma flor para depositar na sua campa, depois de fazer o sinal da cruz, despeço-me do meu amigo com um PAI NOSSO para que descanse na paz de DEUS. Hoje poderia escrever muito sobre o ABILIO, poderia mesmo, mas como a saudade é enorme fico por aqui.
António Cândido — Lisboa
Ilídio Santos:
É SEMPRE BOM LEMBRAR
É muito usual a expressão “tem memória curta”.
A agitação da nossa vida pessoal, profissional entre outros, leva-nos por esquecer os nossos amigos em especial os que já partiram.
A perda de alguém que fez parte dos nossos relacionamentos, sejam eles chegados ou mais distanciados, é algo que sempre nos afecta.
É normal que tal aconteça, são os sentimentos em acção.
Efectivamente, Abílio Ribeiro partiu, já lá vão 17 anos, parece mentira…
Partiu tão jovem e com tantos projectos de vida.
Era um grande amigo.
Personalidade muito conhecida e acarinhada pela sua participação na vida social, sua conduta primava pela elegância e simpatia que nos contagiava a todos.
A minha memória mantêm-te vivo.
A terra que serviste não pode esquecer o teu exemplo.
E para que a sua intervenção social e cívica permaneçam vivas, e para memoria dos vindouros, ficou o seu nome perpetuado numa Avenida em Vila Pouca de Aguiar e numa Rua em Parada de Aguiar, sua terra natal.
Concordo contigo Francisco “era muito cedo para ele ter morrido”.
Um abraço
Ilídio Santos
Cândida Dias e João Pinto:
O Dr Abilio Ribeiro...
...Depois de terminar a sua licenciatura em Direito, na universidade de Coimbra,comprendeu logo que nào era com um estalar de dedos que ia ter sucesso na vida.visto naquela época ser um dos primeiros advogados depois do vinte cinco de Abril, se instalar em Vila Pouca; e haver já outros colegas de grande peso.Por isso foi necessario muita coragem,convicção,e preserverença.
Admirei sempre muito a sua inteligência , a sua grandeza e a sua fraqueza em defender as suas opiniões e ter a coragem de as manter o que não é o caso de muitos actualmente .
Sem pretensào alguma foi um grande amigo nosso, que sempre que podiamos era um grande prazer juntarmo-nos para recordar a nossa mocidade ...
Infelizmente Deus nào quis que ele ficasse perante nós ,o que nos deixou com muita saudade e,boas recordações, pois era um Grande Homem.
Joào e Candida
ANDRÉ RIBEIRO:
Gostei muito da homenagem ao primo Abílio. Eu me lembro muito bem o choque que foi lá em casa, quando recebemos a notícia. Todos nós, principalmente minha mãe, ficamos muito abalados.
Realmente o tempo passa muito rápido. Já se foram 17 anos. E já se foram 13 anos que minha mãe também se foi.
Abraços
Os dois "assassinos" estancaram, ali, a sua marcha faminta. De rabo no chão,longo focinho no ar, sondaram a "presa", à espera de um flanco desprevenidamente aberto para atacarem.
Maria Geralda caminhava ao pé do "Cornelho", já perto da "Tapa". Ao deparar com o olhar felino das alimárias, ficou, por segundos, petrificada, sem saber que fazer. Os dois "matulões", ali estavam, boca rasgada até às orelhas, longos caninos prontos a rasgar fosse o que fosse, de papo no ar, olhar atento, no alto de um pequeno cerro, para além do caminho que levava ao "Viveiro".
Depois de um leve suspiro de hesitação, ripou da pá, que trazia num ombro, e começou a rodopiá-la à volta do corpo, agora hirto de energia e coragem. Agitada a golpes nervosos mas firmes, a pá raspava na laje junto ao caminho, projectando na escuridão assassina, faíscas de lume ziguezagueantes que feriam o olhar desesperado dos bichos, obrigando-os a respeitar as distâncias. O choque metálico contra o lajedo ecoou na encosta da serra durante largos minutos. As bestas porém, apesar de medrosas, não arrepiavam caminho. Pareciam estar à espera que a criatura desfalecesse, para o festim poder começar.
Eram cinco da manhã. " Maldito relógio aquele... Uma hora antes, o malandrão fizera com que a pobre criatura saltasse do meio dos cobertores, avisando estridentemente que eram seis horas, quando, afinal eram quatro"!
E agora ali estava ela, aflita, nas barbas daqueles bandidos, famintos, prontos a desfazê-la em pedaços...
Quase desfalecida, à beira de ser vencida pelo cansaço, ouviu, à distância, vinda dos lados do "Porto da Bouça", uma raposódia viril de sons estridentes que parecia sair de goelas agudas de cães. Eram os fiéis companheiros dos trabalhadores de Zimão, que acompanhavam e guardavam os donos, nas suas caminhadas diárias até ao Viveiro.
Entretanto, com a esperança daquela ajuda, Maria Geralda renovou de energia e de ânimo, desferindo mais uma série de golpes em cima da laje. Até que, com a matilha já próxima, as feras levantaram o rabo do chão, esgueirando-se, num ápice, na direcção de "Cabeça Gorda".
Já com o perigo à distância, aquela coragem que o perigo lhe deu começou, aos poucos, a desfalecer. Até que cedeu, imóvel, prostrada, quase sem vida.
Maria Geralda tivera ali a sua prova de vida. Esteve cerca de quinze dias em recuperação. Mas. depois, regressou mais forte que nunca.
Morreu muito tempo depois. Não de medo, mas de coragem, porque a vida lhe foi sempre difícil, e a sorte bastante madrasta..
CR
Olá., meu bisavô era Crisostomo de Aguiar e veio d...
Meu Grande amigo já descansa paz
Caro primo, Fernando, pelo que me dizes só pode de...
Caro primo, essa passagem do Padre Manuel do Couto...
Parabéns, esse sim o sentido da vida, ajudar sem o...
Absolutamente de acordo!
Sou Cláudio Dias Aguiar, único filho do casal Raim...
domingo gordo é mesmo para enfardar :D :D :D
Os meus pesames a familia.
Como assim??