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Quem lê diariamente os jornais saberá do que estou a falar. Horta Osório é um ilustre economista, cujas capacidades o terão catapultado para a direcção de um dos bancos mais prestigiados de Inglaterra- o Loyds Bank. Porém, soube-se há dias que o excesso de trabalho o levou ao limite humano do esforço, tendo caído numa cama de hospital a fim de fazer uma cura de sono.
Pois bem, eu queria aproveitar este exemplo para lembrar aos mais distraídos que os professores portugueses são potenciais “horta-osórios”. Com a agravante de os governos – desde Sócrates até agora – os atulharem de trabalho, enquanto lhes esvaziam a motivação. Os estudiosos do tema já chegaram a esta conclusão, aliás muito óbvia: “ os docentes portugueses andam stressados e próximos do ( desculpem o palavrão) burnout”.
E o que é o “Burnout”? – Perguntará o leitor.
Fui saber, para lhe não frustrar a curiosidade. Trata-se de uma doença! – “A síndrome de Burnout (do inglês to burn out, queimar por completo), também chamada de síndrome do esgotamento profissional, foi assim denominada pelo psicanalista nova-iorquino, Freudenberger, após constatá-la em si mesmo, no início dos anos 1970. A dedicação exagerada à atividade profissional é uma característica marcante de Burnout, mas não a única. O desejo de ser o melhor e sempre demonstrar alto grau de desempenho é outra fase importante da síndrome: o portador de Burnout mede a auto-estima pela capacidade de realização e sucesso profissional. O que tem início com satisfação e prazer, termina quando esse desempenho não é reconhecido. Nesse estádio, necessidade de se afirmar, o desejo de realização profissional transforma-se em obstinação e compulsão”.
E o que sugerem os senhores que realizaram o estudo, para a resolução do problema?
Pasme o leitor – sugerem isto: “ lançar um guia prático para aumentar a resistência de quem ensina !!!”
Já estou a imaginar o...
...Guia Prático:
Os Srs professores devem:
1º: Cursar e praticar karaté para enfrentar com determinação os alunos mais agressivos;
2º. Nas escolas dos subúrbios das grandes cidades, onde os alunos costumam usar armas brancas, como navalhas, e mesmo pistolas, sugere-se que os professores usem um discreto colete anti-bala.
3º. Para se auto-motivarem deverão os professores imaginar que não estão numa sala com dezenas de indivíduos mal educados e barulhentos, mas numa igreja com dezenas de beatas extremamente concentradas e mesmo babadas com o que o “mestre” está a dizer.
E por aí fora.
Cunha Ribeiro
Talvez, por esse mundo além, haja quem, tal como eu próprio, sinta, singularmente, a terra onde nasceu e cresceu. Aos 19 anos de idade experimentava eu, pela primeira vez, esse sentimento tão português que é a saudade, essa sensação única que é “olhar de fora”, com nostalgia, a terra onde nascemos.
Foi em Paris - o meu sonho libertador de adolescente - que soube, pela primeira vez, valorizar a suave tranquilidade e a gratificante simplicidade de uma aldeia. Junto do leito barrento do Rio Sena, a minha imaginação saltava subitamente milhares dequilómetros e trazia-me o pequeno rio da minha aldeia, onde em pequeno aprendera a nadar nas represas. Quando circulava por entre os arranha-céus de Puteaux, recordava, nostálgico, a varanda cheia de sol, onde gatos dormiam enroscados em açafates de roupa. Debaixo do Céu plúmbeo e frio de Inverno, quantas vezes me vieram à memória dias luminosos e solarengos, e o crepitar da lareira.
Foi assim que a grandeza aparente das coisas citadinas se foi revelando, cada vez mais mesquinha e sem graça, a meus olhos: igrejas e catedrais perdiam a graça perante a minúscula capela onde se rezava o terço no mês de Maio. Avenidas ou boulevards tornavam-se ridículas à beira dos caminhos estreitos, onde chiavam oscarros de bois, e se apanhava a "bosta esverdeada” que vedava os fornos a lenha. Grandes e variados parques eram insignificantes manchas verdes ao pé dos pinheirais que cobriam a vasta ladeira da serra.
Anos depois, embora mais perto, continuo a olhar de fora o lugar onde, num dia pequeno de Inverno, nasci para o mundo. Não já com a alma embargada pela saudade. Mas ainda com o apego e voracidade com que as raízes da árvore se agarram à terra onde nasceu da semente. Não sou um desterrado, apesar disso. Suporto facilmente algumas ausências. E quando regresso à minha terra amo-a por dentro; quando a deixo, não a abandono, e amo-a por fora.
Cunha Ribeiro
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domingo gordo é mesmo para enfardar :D :D :D
Os meus pesames a familia.
Como assim??