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O V. Setúbal venceu esta noite o Sporting (1-0) em jogo da 21.ª jornada da Liga. Os leões falharam uma grande penalidade nos instantes finais da partida.
O autocarro parou no centro de Vila Pouca, em frente ao Cine-Teatro. As despedidas fizeram-se em casa.
- Deus e a divina providência te guiem! - Implorava a minha mãe, com os olhos marejados de lágrimas.
- A cama que arranjares é onde te deitas! - Advertia o meu pai, do alto da sua serena experiência feita de muitas viagens.
Eu ruminava ainda o eco da despedida, quando o motorista me pediu a mala, que, de um sopetão, encurralou no meio de outras. Só, no meio das despedidas dos outros, com um pé a deixar o passado, e outro a entrar no futuro, sentia-me algo lunático. O passado rural de uma pequena aldeia de Trás-Os-Montes ficava para trás, agora apenas na minha memória. Para o futuro, abria, agora, uma porta de esperança, de sonho. Contudo, naquele instante, apenas um vago corredor de possibilidades se estendia diante de mim.
O ruído de um motor acordou-me deste torpor reflexivo. O autocarro ia partir. Subi. Sentei-me. Olhei à minha volta: dezenas de emigrantes, mais homens do que mulheres, de regresso ao trabalho. Todos na casa dos cinquenta e sessenta.
Partimos. As dezenas de curvas da rota do emigrante, em Trás-Os-Montes, pareciam um cenário de filme de viagens por insondáveis caminhos em plena montanha. Dir-se-ia uma montanha russa instalada em altos, onde crescia a giesta e a urze, e baixos, por onde vertiam furtivos riachos, saltitando em cachoeira, espargindo gotículas pelos salgueiros das margens.
O caminho era longo, mas dum bucolismo fantástico. À beira-noite, Quintanilha surgiu de repente, guardada a rigor pela polícia de fronteira, que nos mandou parar. Zelosa entrou, com autoridade, no autocarro.
Quintanilha era, na altura, a única fronteira aberta em Trás-os-Montes. Um lugar ermo, e inóspito, onde o frio era gelo, em noites de nevoeiro ou geada.
- Os passaportes, se fazem favor!
Dezenas de livretes, de capa verde, saltaram dos bolsos dos passageiros.
- Garrafas de água-ardente à vista, façam fineza!
Uma garrafa que fosse além do limite, era certo e sabido que não atravessava a fronteira. Por isso, nenhuma surpresa, e...
- Boa viagem!
- Obrigado! (balbuciaram alguns passageiros).
Entrámos em Espanha como se tivéssemos voltado pra trás: as mesmas curvas, os mesmos montes e vales, a mesma vegetação a vestir a paisagem. Deixei-me cair num sono profundo, apenas interrompido, longos quilómetros depois, num restaurante da peneplanície espanhola, com Zamora já para trás.
A Espanha, para o emigrante luso de além-Pirinéus, foi, e sempre será, um longo e penoso caminho. Todos os anos o percorre como se atravessasse uma ponte entre o coração e a razão. Quando vem é o coração que o acolhe; quando vai, é a razão que o espera.
Para mim, aldeão de existência, mas cosmopolita de alma, aquela viagem era o desflorar de um mundo novo. Por isso, raiada a aurora, meus olhos, virgens de curiosidade, sorveram as mais agrestes paisagens, como se fossem já os Campos Elísios.
O longo percurso, entre Castela e o País Basco, foi um passeio fugaz, mas divertido. A estrada até Hendaye era a espinha dorsal de Castela. Nos cumes da fria Sanábria, senti-me trepar por cima das rijas costelas de Espanha até penetrar nas gargantas estreitas dos Pirinéus . Estes erguiam-se altivos à minha volta, roçando as nuvens com as esquinas dos ombros.
Eis a fronteira de Hendaye. Carros e camionetas, cheios de gente, parados. Homens fardados entravam e saiam dos autocarros. Eu tremia de medo.
Estávamos na década de setenta, do século passado. As fronteiras eram vigiadas à lupa. Sem "carta de trabalho e residência" a França era um destino apertado. As ordens eram repatriar o "turista" que não levasse dinheiro, ou não apresentasse justificação aceitável. Eu, prevenido, levava uns francos para disfarçar de turista.
- 300 francs?! Mais c`est très peu, jeune homme! - Implicou o polícia.
- Mais...je... vais chez ma... soeur...Ma…soeur travaille à Paris - Justifiquei, tremendo.
- Bon, suis-moi.
Fiquei pálido. Só percebi a ordem do polícia, pelo gesto imperativo que lhe vi fazer com a mão. O meu coração pulava, pulava… O passaporte tremia-me na mão descontrolada. Atarantado, a pensar no pior, segui o polícia. Entrámos num gabinete. A mão do agente deambulou pela secretária. Depois abriu uma gaveta e voltou a fechá-la. Abriu outra... Lá estava o que procurava.
Segurou com a mão direita num pequeno carimbo. Abriu o passaporte e , de um golpe, fixou a sentença:
" Visiteur temporaire".
O carimbo assustava… era vermelho, e advertia que não podia estar em solo francês mais que três meses.
FCR
A NEGOCIATA DAS EÓLICAS
(Um dia destes, as nossas serras levantam voo de tanta ventoinha que lá andam a pôr!
São as eólicas, um tipo de energia renovável que tem por detrás poderosos interesses do grande “lobi verde”, um bando de oportunistas que se encostou ao movimento ambientalista, e quer transformar uma solução saudável em mais um modo de assaltar o erário público.
Lobi que de verde não tem nada, a não ser a cor do dinheiro com que enchem os bolsos à nossa custa!)
A energia é o futuro. Quem a controlar, controla o mundo. País que disponha dela, é independente. País que não a tenha, é escravo de quem a possuir.
No meio da sarilhada em que nos meteram as políticas energéticas das últimas décadas, com recente relevo para a absurda privatização da EDP e para a inenarrável entrega da REN em mãos privadas (uma tontearia do tamanho da nossa ignorância) há sempre alguém que se aproveita da complexidade da matéria, para, de uma forma matreira, se colar a movimentos sérios no intuito de sempre: ganhar dinheiro. O movimento sério a que me refiro, é o movimento ambientalista, também conhecido por “verde”, que segue valores de proteção patrimonial e de não degradação do meio ambiente, que todos devemos respeitar se queremos um planeta onde se possa viver amanhã. Os tais “sempre alguém”, são os oportunistas do costume, que em tudo encontram maneira de fabricar capital, de preferência à custa do erário público, onde ele “pinga” com mais certeza e segurança. E é esta gente das eólicas que, colando-se ao movimento ambientalista como a lapa ao rochedo, nos quer continuar a atirar areia para os olhos e a viver à custa dos 30 e tal% que arrecadam na fatura que a EDP nos cobra.
Gostaria de saber:
1. Quem deseja receber o jornal pelo correio todos os meses?
2. Quem concorda que o jornal seja um meio de angariação de fundos para a Associação, pagando por ele um pouco acima do custo. Isto é, estando nós a pagar por 30 jornais, 34,80 euros, cada um custa-nos uns cêntimos mais que 1,oo euro. Logo, só adquirindo cada um de nós o seu jornal por pelo menos 1,50 euros é que seria um meio de angariação de fundos, embora quase insignificante.
3. Se houver outras ideias, venham elas.
4. Concordam com os conteúdos que têm saído no jornal, ou não? Aceitam-se sugestões e colaborações de toda a gente, seja por que meio de comunicação for.
FCR
Kevin Brann sujou o carro-patrulha em que foi levado para a esquadra
Provocou acidente com cinco vezes mais álcool do que o limite legal
Um automobilista norte-americano que chocou contra a traseira de outro automóvel estava a ser detido por ter cinco vezes mais álcool no sangue do que o limite legal no estado da Florida quando o agente descobriu que o homem de 41 anos estava a usar um vibrador anal.
"O detido tinha um vibrador anal inserido no recto", escreveu o agente no boletim de ocorrência após o acidente ocorrido às 11h20 de 24 de Fevereiro.
O automobilista Kevin Brann, de 41 anos, terá removido o acessório sexual quando já se encontrava no banco traseiro do carro-patrulha que o estava a levar à esquadra, acabando por defecar no assento.
Quando os agentes da polícia chegaram ao local do acidente constataram que Kevin Brann tresandava a álcool e não conseguia falar normalmente, tendo mesmo dificuldade em manter os olhos abertos.
Está agora acusado de condução sob efeito de álcool e vai responder pelos danos no outro automóvel. Quanto à condução enquanto utilizava acessório sexual, não há notícia de que seja crime.
«O JOSÉ BONITO E A “CARRIÇA”»
Já se falou muito do Zé neste Blogue e da sempre sua boa disposição de rir e fazer rir. De facto o José era possuidor desse dom.
Mas, a história que eu aqui vou narrar passou-se da seguinte forma: certo domingo, eu e o José, tínhamos combinado ir ao cinema a Vila Pouca. Estava tudo acertado para, a seguir à ceia, como se dizia naqueles tempos, nos pormos a caminho.
Mas a certa altura diz o Zé:
-Eu a pé não vou!.
-Então como é que vamos fazer? Respondi eu.
Diz-me o Zé:
- Vais andando até aos canastros que eu vou buscar a carriça à corte do Ti Manuel Taberneiro.
A carriça era a égua do Sr. Manuel. Tentei desencorajá-lo de ele fazer isso. Como ele estava um pouco animado, não fez caso nenhum do que eu lhe dizia e lá foi ele à corte buscar a dita carriça para irmos a cavalo para Vila Pouca. Se bem o pensou – melhor o fez. Vai daí, entra na corte onde estava a carriça, tira-a cá para fora. Naquele espaço de tempo, o Sr. Manuel apercebendo-se de que algo estranho se estava a passar – grita para a mulher, “ ó Maria!… Estão a roubar a égua!”.
Põem-se a pé, vêm cá para fora e começam a gritar que os ciganos estavam a roubar a carriça. O Zé, já com a égua em mão, monta a cavalo nela e põe-se a galope, mas, ao chegar entre as casas do Sr. Antoninho Segurelho e Sr. Palmira Rendeira, ia passando por cima do Sr. Domingos Faria, que, no momento, ia a caminho de casa, e, assustado, gritou – “isto é o diabo ou quê?”.
Como não podia deixar de ser, o pessoal ali do fundo do povo, ao ouvir gritos – acorreu em auxílio procurando saber do que é que se tratava. Inteirados dos factos, muniram-se de estadulhos, forquilhas e outros objectos e vieram a correr para os canastros para apanhar o ladrão. O Zé em vez de ter vindo logo para baixo, ainda foi dar umas corridas até à capela dos Santos. Quando vinha ter comigo à Cruz, já tinha o cerco montado para ser apanhado nos canastros. Apercebendo-se disso, o Zé larga a carriça, salta para a Eira dos Ferreiros, daí para as braldamilhas, batocos e, só foi parar à ponte do caminho-de-ferro, onde eu fui dar com ele a lavar as botas e as calças no rio por se ter sujado todo ao correr por aquelas lameiras abaixo. Eu, vendo-o correr, fui ao encontro dele. Aí chegado, foi então que ele me pôs ao corrente de tudo o que se tinha passado. Dali até Vila Pouca, foi um fartote de rir com o amigo Zé.
Já em plana cessão de cinema, quando nos lembrávamos da peripécia, ríamos que nem perdidos, ao ponto de levarmos também a rir as pessoas que estavam ao nosso lado, que se riam só por nos verem a rir. O José era de facto uma pessoa muito bem-humorada e bom companheiro da farra.
Lá – onde estás, és sempre recordado como bom companheiro.
Um abraço para todos os Paradenses e amigos deste Blogue.
Agostinho Rodrigues
02.03.2012 - 22:51 Por PÚBLICO
Francesco Schettino, o comandante do navio Costa Corcordia que naufragou a 13 de Janeiro ao largo da ilha italiana de Giglio, teve um acidente em 2010 ao entrar num porto alemão a grande velocidade.
02.03.2012 - 22:01 Por Isabel Gorjão
Deixou um envelope com 10 mil euros à porta de uma organização que dá comida aos sem-abrigo, outro tanto debaixo do tapete de um hospício. Já distribuiu cerca de 200 mil euros, chamam-lhe o “Anjo de Braunschweig” mas ninguém sabe quem é.
Olá., meu bisavô era Crisostomo de Aguiar e veio d...
Meu Grande amigo já descansa paz
Caro primo, Fernando, pelo que me dizes só pode de...
Caro primo, essa passagem do Padre Manuel do Couto...
Parabéns, esse sim o sentido da vida, ajudar sem o...
Absolutamente de acordo!
Sou Cláudio Dias Aguiar, único filho do casal Raim...
domingo gordo é mesmo para enfardar :D :D :D
Os meus pesames a familia.
Como assim??