16-04-2012

A Rede de Albergues de Natureza no concelho de Vila Pouca de Aguiar (inaugurada a 22 de abril em Parada de Aguiar) nasceu da conversão de cinco antigos edifícios escolares em equipamentos de turismo e lazer, a saber: Afonsim (Albergue de S. António com capacidade para 6 pessoas); Monteiros (Albergue de S. Lourenço para cerca de 4 pessoas); Parada de Aguiar (Albergue de Santiago ascende as 10 pessoas); Ribeirinha (Albergue de S. Pedro para cerca de 6 pessoas) e Vreia de Jales (Albergue de Nossa Senhora da Assunção também à volta de 6 pessoas).
Entre ver as antigas escolas deteriorarem-se com os vidros partidos, telhados e paredes com fendas ou dar uma nova funcionalidade aos edifícios, nas palavras de Domingos Dias a escolha foi óbvia. Agora, afirma o presidente da autarquia, «temos albergues de qualidade superior para que as pessoas possam aqui passar dias de convívio, a desfrutar da natureza e das aldeias».
O autarca lançou o desafio às pessoas e associações para criarem dinâmicas locais escoando produtos do mundo rural (mel, batatas, fruta, artesanato, e tantos outros), ou seja, aproveitar o esforço feito pelo município nestes investimentos para benefícios de toda a comunidade local.
No dia da estreia dos albergues, as pessoas foram até Parada de Aguiar de múltiplas formas: mais de vinte atletas fizeram um percurso de 40 km à volta do albergue, em boa parte na ciclovia (em colaboração com o Moto Club do Corgo); cerca de 40 pessoas chegaram e regressaram a cavalo até ao centro hípico (iniciativa apoiada pela comissão de festas de Vreia de Bornes) e, em cooperação do Grupo de Caminheiros de Vila Pouca de Aguiar, cerca de meia centena de pessoas fez 18 km do percurso do Caminho Português Interior de Santiago (aberto oficialmente a 24 de abril de 2012). De resto, o Albergue de Santiago já está a dar apoio a este caminho que vai desde Viseu a Espanha (à via da prata).
COMENTÁRIO:
O Sr Presidente da Câmara não pode iludir as pessoas. A Ex-Escola Primária de Parada de Aguiar foi transformada em Albergue por sua própria vontade e em sintonia com a vontade do Sr Presidente da Junta. Foi uma espécie de "golpe de património" o que aconteceu em Parada com o SEU edifício escolar.
O Povo de Parada, através do seu Conselho Directivo (se ESTE assim o entendesse) tinha capacidade financeira para recuperar o edifício ( com muito menos dinheiro) destinando-o a outros fins ( bem mais úteis a toda a aldeia).
A verdade é esta Sr Presidente da Câmara.
A verdade é que o Povo de Parada de Aguiar ficou, graças aos autarcas do actual mandato, definitivamente expropriado da sua Casa da Escola - talvez a única no Concelho que era propriedade privada da aldeia.
Acresce que foi uma decisão que nem sequer respeitou o benemérito FRANCISCO PEDREIRA, nem a FAMÍLIA CHAVES, herdeira moral desta Escola.
Estou convicto que esta decisão será, a seu tempo, considerada nefasta para os paradenses.Tenho fé que os próximos autarcas, sejam de que partido político forem, terão o bom senso de devolver o Albergue de Santiago a quem de direito. Se assim não for a Associação O Prazer da Memória tomará as providências adequadas em defesa do património da sua aldeia.
Cunha Ribeiro