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Você que teima em maldizer a nossa Associação, porque é que maldiz? Será por não a ter ainda entendido? Se é, temos pena, mas inclinamo-nos a tentar percebê-lo, esperando que mais dia menos dia a venha a entender. Mas será que você não a percebeu por falta de compreensão, ou por birra? É que se for por falta de compreensão nós esperamos. Temos paciência q.b.; agora, se for por birra, pedimos desculpa, mas achamos que você é uma pessoa autista, demasiado virada para o seu umbigo, que só acredita naquilo que você faz. E, portanto, caso permaneça no seu "castelo", sem descer a ponte levadiça, é porque quer ser autosuficiente. Porque quer "guerra" e não "paz".
Se Você que leva a nossa Associação a brincar percebesse que para a compreender tem de estar dentro dela, calar-se-ia, e a seguir entrava nela, como se entra para uma Igreja - com muito respeito e veneração.
Não, a nossa Associação não é o que você queria que fosse - um fiasco, para poder rir-se dela. A nossa Associação não é, como você diz, ou insinua, juntamente com outros maledicentes da nossa praça, "um grupo de amigos que se reunem para beber uns copos". A nossa Associação é e será muito mais do que isso: um forum de ideias e ideais; um reencontro de conterrâneos com a alegria, o bem estar, a solidariedade e amizade; em suma, uma casa comum onde a cultura é estímulo para a re-união das pessoas.
A você, e a todas as pessoas que se têm oposto, seja por que razão for, ao projecto associativo que nos inspira, nós, ASSOCIAÇÃO PRAZER DA MEMÓRIA, só pedíamos um pequeno favor:
Por favor, se não quer ajudar, pelo menos, não estorve.
FCR
Certo dia, talvez nos anos 60/61, três amigos de Parada, de seu nome Arnaldo, Agostinho e Francisco Benedito, decidiram ir para um baile que estava a decorrer em Cidadelhe.
O já falecido Arnaldo, como trabalhava no Viveiro de Parada e o viveirista, Sr. António, era de Cidadelhe, através deste - teve conhecimento do tal baile. Combinado o assunto. Apanhamos o comboio até Vila Pouca e, daí até Cidadelhe – fomos no penantes. Chegados ao objectivo – foi-nos dado ver um grande baile – onde todo mundo dançava. Aproximamo-nos e, depois de cumprimentar alguma rapaziada já conhecida, também nos integramos no bailarico. A farra estava animada. Petiscou-se, beberam-se uns canecos visto a rapaziada de Cidadelhe ser muito acolhedora. Foi uma tarde em beleza.
Há noite, na hora do jantar, fomos convidados por um sobrinho do viveirista de Parada, Sr. António, para irmos jantar a casa dele, ou seja dos pais dele, que era irmão do Sr. António. Até aqui tudo bem. O pior aconteceu a seguir. Quando estávamos sentados à mesa e o jantar a ser servido por duas belas moças, talvez filhas dos donos da casa, coisa que nunca cheguei a saber. O Chico começou a dormir e a ressonar que nem um porco. Eu, ao ver aquilo, não faço mais nada – dou-lhe uma biqueirada nas pernas para ele acordar. Ele, com o susto Amanda um salto e cai abaixo da cadeira no meio da sala. Eu, todo aflito para ir ajudá-lo a levantar-se, ao pôr-me a pé da cadeira – puxei sem querer a toalha da mesa e, entornei os copos que estavam cheios de vinho – sujando a toalha. Bem… Escusado é dizer que a fome de comer o belo jantar que estava a ser servido, foi-se logo de vez embora. Se existisse ali um buraco – tanto eu como o Chico, tínhamo-nos enfiado por ali abaixo e desaparecido o mais rápido possível dali para fora.
Foi aqui que a diplomacia do nosso amigo Arnaldo funcionou. Começou por pedir desculpa aos donos da casa, dizendo que nós ainda éramos muito novos, que não estávamos habituados a beber e, etc., etc. …
Os donos da casa compreenderam a nossa situação, mas estávamos ansiosos para desaparecer dali para fora o mais rápido possível, pois a nossa vergonha era tanta, que nem tínhamos coragem de enfrentar as pessoa de frente.
Como já se estava a fazer tarde e era hora de regressar a casa, despedimo-nos com muitas desculpas e, lá viemos nós novamente a pé para Vila Pouca para alugar um táxi para chegar mais depressa a casa. O nosso amigo Arnaldo de zangado que estava connosco, disse logo que não vínhamos de táxi nada, que tínhamos de vir a pé porque tinha muito que nos ensinar a portarmo-nos como gente. Daí até Parada, onde chegamos por volta das 02H00 da manhã, levamos uma ensaboadela ao cérebro pior que os recados do falecido Padre Amaro.
Sois uns catraios, uns car….. – Um põe-se a dormir como um porco – o outro entorna o vinho, fizestes um figurão da mer… Até Parada, foi o bom e o bonito. Além do sermão, ainda tivemos que suportar os encontrões do Arnaldo quando nos queria dizer alguma coisa. É que o falecido Arnaldo tinha aquele vício de empurrar as pessoas quando estava a falar e, nós mais novos e cientes da asneirola feita, tivemos que o suportar ao ponto de nos rirmos de nós próprios daquilo que ele dizia. Aí é que ele afinava. Ainda se põem a rir como se tivesse feito um bonito! Parvalhões. Se eu fosse o dono da casa, tinha-vos dado umas foeiradas que era para vocês aprenderem as regras da boa educação.
Já lá vão 50 e tais anos. Mas ainda nos dias de hoje me lembra o gesto do Arnaldo a pedir desculpa aos donos da casa. O Arnaldo tinha aquele feitio, mas era um excelente companheiro que muita gente desconhecia… Que descanse em Paz com Deus e os Anjos.
Termino com saudades dos tempos passados. Se recordar é viver é precisamente o que eu aqui estou a fazer. Para todos os Paradenses e amigos deste Blogue, um grande abraço a todos.
Agostinho Rodrigues
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domingo gordo é mesmo para enfardar :D :D :D
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Como assim??