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Algumas vezes sou convidado a dar testemunho em reuniões de Igrejas, Encontro de Casais com Cristo, Movimentos Religiosos aos quais eu pertenço e participo.
Certa vez fui convidado a falar num Encontro de Jovens, sobre a Paz, o que representa a Paz para a sociedade. Recorri à Internet, a pesquisar alguma coisa sobre a Paz. Encontrei vários escritos e quadros, mostrando o que é a Paz. Chamou a minha atenção um quadro de um famoso pintor, que retratava uma enorme cachoeira que descia em cascata de um despenhadeiro muito alto. Por detrás da imensa cortina de água cristalina, via-se um pássaro a alimentar seus filhos no ninho. Viam-se muitos outros quadros representando lugares calmos, sem qualquer barulho nem conflitos. Ao ler a explicação do quadro, cheguei à conclusão que Paz não é ausência de conflitos, mas tranquilidade, quando tudo ao redor é agitação.
Recorri à Bíblia onde pude encontrar muitas situações do que realmente representa a Paz no mundo de hoje. Para que haja Paz entre as pessoas, não há necessidade de silêncio e nem escravidão. Pois a vontade de Deus é que haja Paz e Liberdade entre as criaturas. Eu pensei naquelas pessoas que trabalham para o Blogue de Parada e dão impulso à Associação o Prazer da Memória, que é nossa identidade e personalidade. Estes homens precisam em todos os momentos de serem alegres e descontraídos e jamais ansiosos e estressados, pelo que escrevem e recebem..
Nós precisamos viver calmos apesar da turbulência ao nosso redor. É com a confiança no nosso trabalho que vamos conseguir viver em Paz, mesmo diante das tempestades da vida.
Uma família a viver em harmonia, é um País a viver em ordem, é o mundo a viver em Paz.
Abraços para os Paradenses
Agostinho Gomes Ribeiro
Chegou o Outono
O céu está cinzento
Não vejo o pôr do sol
Só um murmúreo do vento
Árvores vão despir-se
Verde, vermelho, castanho
Dormem até ao ano
Pouco importa o tamanho
E tu folha seca
Que corres veloz
Na rua caminhas
Tão nua ,tão só
As primeiras chuvas
Caem de mansinho
Vão levar-te a casa
Pelo teu caminho.
Fátima Monteiro
Terras de Aguiar, Pátria da minha Ancestralidade
Num’aldeia, num ciciar, descobri aquela liberdade
De ser, de sentir, de comungar, a natureza ideal
Por ter, por possuir, aquele lar, fora do meu litoral.
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Como rapazola da cidade, em cíclica estivalidade
Via na montanha a saudade, da citadina herdade
Pois era neles qu’exista, em forma plenipotenciária
E era na aldeia que vivia, a minha alma hereditária!
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No sol que brilhava a pique, reflectindo-se nas fragas
Nas chuvas que galgavam diques, sem mais amarras
Nos trovões ensurdecedores, nos relâmpagos archeiros
A natureza em clamores, rachando em dois, o castanheiro…
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Uma paisagem de vida, que trotava em pêlo, monte acima
Num arrebatamento de corrida, apenas revolto na crina
Galhos que se partiam no rosto, desbravados na cortina
Dum mundo majestoso, véu da minha civilizada rotina!
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No Lobo sentia o espírito, nas histórias contadas no povo
Tido como elemento maldito, pela sua intrepidez e arrojo
Que o gado atacaria em fome, para penúria daquela gente
Criando em mim, o síndrome, entr’o utilitário e o divergente!
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Pois tinha a natureza por una, e na sua comunhão, o espírito
Não concebia qu’a comuna, tomasse o selvagem por ímpio
Todos lutam p’la sobrevivência, mesmo aquela velha matilha
Sentido tal, como uma sentença, nos pregos das armadilhas!
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Mas respeitava os anciãos, que respeitados eram pelos seus
Tinham as tribos do sententrião, a cruz dos Reinos Suevos
Que bárbaros vieram edificar, os novos trilhos pós-romanos
Visigodos, por fim, assentar, o irrequieto gene dos germanos!
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E naquele castelo altaneiro, assente sobre um forte penedo
Um foral por pioneiro, fez de Aguiar da Pena, o luso enredo
Terra de fragas e estadulhos, de crivos montes e forte raça
Panteão do meu orgulho, numa amálgama de dura couraça!
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Que no cruzamento mais cénico, naquelas montanhas de luz
Tenho, por certo, o sintético, das reminiscências d’Al-Andaluz
Pois o meu nome contém, origens longínquas por conversão
E se do Magrebe não provi, sou Judeu por certo, ou do Islão!
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Sou uma diáspora interna, daquelas terras transmontanas
De meu pai herdei a giberna, das minhas acções espartanas
De minha mãe, a gaélica, no meu nordestino rosto celtibero
Mas é na Parada Citânia, qu’eu me concebo, no Aguiar útero!
1. Por aqui chegamos à conclusão que é um nome de origem familiar. Deverá haver uma ou mais famílias com este nome. Este senhor que está na imagem tem esse nome ( Parrata).
Parrata
arrestcourtinfo.com
2. Esta imagem também tem como legenda o nome PARRATA, o que confirma que PARRATA é nome de pessoa:
Pede-se a todos os nossos visitantes deste Blogue que, caso conheçam a origem e significado da palavra PARRATA, façam o favor de "nos " esclarecer. Ficaríamos muito gratos.
CR
1. Fátima Monteiro
2. Belarmino Campos
3. Francisco Cunha Ribeiro
4. Abílio Ribeiro
5.. Célia Ribeiro
6. António Cândido
7. Agostinha Cunha
8. Filha de António Cândido e Agostinha
9. Adelaide Cunha
10. Joaquim
11. José Portelinha ( ?)
12. Deolinda Pires Cunha
13. José B. Gomes
14. Andreia Gomes
Certo dia ao fim da tarde, o meu tio Milacho, nome pelo qual era conhecido fez-nos uma visita em Parada.
Ele vinha da Reboriça,uma aldeia que fica mesmo ao lado de Ribeira de Pena. O meu tio Milacho era irmão da minha mãe, e regularmente nos visitava com estadias de vários dias.
Então nesse belo dia á tarde que atrás referi, ele Milacho, transportava numa boina trauliteira um cachorrinho que mal os olhos abria.
Todos lá em casa ficámos encantados com o bicho. Naquele dia e nos dias seguintes toda a gente brincava com ele, e todos procuravam dar-lhe o melhor para ele comer. O meu Pai decidiu então, que ele se iria chamar MONDEGO, reconheço hoje que foi de facto um nome com caráter imponente, que assentou que nem uma luva.
O Mondego crescia a olhos vistos, e uma das qualidades que possuía, era assimilar tudo que visse fazer, e tudo aquilo que ouvia. Quando alguém dizia que o gado vai para tal parte, logo tomava a dianteira e no cruzamento mais próximo, lá estava ele a ladrar para dizer que o caminho era outro.
Já se passou bastante tempo, e o Mondego já se tornou num cão corpulento e acima de tudo bonito, é um castanho escuro com algumas pintas brancas no pescoço, e também nas patas.
No final de Setembro que não sei o ano, o meu velho Pai, foi arrancar giestas e urgueiras no cima da serra da Padrela, enxadão ás costas, e uma machada e lá rumou ao lugar mais conveniente. O Mondego seguia ao seu lado. Já pela tarde bem alta, o meu Pai chegou á conclusão que o trabalho terminava ali. Escondeu o enxadão e a machada debaixo da lenha, para não ter que carregar quando volta-se.
Nem mais viu o cão, nem mais se lembrou do cão. Á noite já bem á hora da ceia, dá-se por falta do Mondego, procura-se aqui e ali, mas o Mondego não dá sinal de vida.
Vem a manhã, e o Mondego continua desaparecido, as lamentações são mais que muitas, e as culpas começam a cair sobre os mais velhos, reina a tristeza, e uma certa angústia começa a invadir-nos a alma.
Passados dois dias, o meu velho Pai ordenou que se fosse carregar a lenha que ele tinha arrancado. Os meus irmãos mais velhos preparam o carro, e lá foram serra acima. Quando já muito perto do local, ouviram ladrar, e logo reconheceram que era o nosso Mondego.
No regresso a casa mais parecia um dia de festa, o Mondego seguia na frente ladrando e saltando cheio de alegria, embora se nota-se um pouco fraco. Ele Mondego, como cão responsável achou que era seu dever, ficar a guardar aquilo que era do dono, foi essa a conclusão que todos chegaram.
A minha mãe tinha sempre galinhas e patos, que andavam na rua misturados com as outras, era extraordinário ver o Mondego separar as galinhas e trazer as de casa para o quinteiro.
Um dia de manhã no regato das pias, os meus irmãos carregavam um carro de estrume. O Mondego andava por ali, e começou a ladrar e a correr muito, num ápice apanha um coelho que vem trazer. Afasta-se novamente a correr, e volta com outro coelho passado uns instantes depois. Corre novamente acima e abaixo, e apanha outro coelho que vem trazer. O mondego volta novamente e tem sérias dificuldades em apanhar o quarto coelho. O coelho corre, corre, e mete-se debaixo de uma fraga.
Contam os meus irmãos que aquilo que presenciaram dava um autêntico filme. O mondego rodeia a fraga várias vezes, volta sempre ao Sítio onde o coelho tinha entrado, ladra e esgravata no chão. E corre para o outro lado e apanha o coelho do outro lado da fraga.
O mondego é agora um cão enorme, e não admite que o seu território seja invadido por outros cães, è dócil em casa mas tornou-se agressivo na rua. O TI ZÈ DE PARADA tinha um cão chamado Tejo era amarelado e regularmente dava pancada no Mondego quando era mais pequeno. O Tejo era um cão cheio de bazófias, mas hoje levou uma coça do Mondego que o deixou sem concerto, fugiu de rabo entre as pernas, e não se tem visto lá no fundo do povo.
O meu sobrinho Zé, filho do meu irmão Aníbal tem alguns meses, gosta muito do Mondego, e não se largam. De uma rasa velha de medir o milho fiz um carro com duas rodas, que o Mondego puxa para todo o lado, é um espetáculo só visto.
Era inverno e estava muito frio, eu estava na cama e acordei ouvindo grande alvoroço. Depressa me levantei, para saber o que se passava cá fora. Todos gritavam
Em volta do Mondego que agonizando e a espumar pela boca, se contorcia com dores, fechando e abrindo os olhos nos ía dizendo adeus. O meu velho pai gritou bem alto, excomungando para as profundezas do inferno o vagabundo que tinha envenenado o pobre bicho.
A partir daquele dia nunca mais tive-mos qualquer cão, o vazio deixado pelo Mondego dificilmente seria preenchido por outro. Presentemente tenho um pasto alemão puro que se chama Átila, não fala mas pouco falta é um cão extraordinário e amigo da família. Nos tempos que correm vale mais ter cães assim que amigos de Peniche.
A todos os amigos paradenses um abraço
António Cândido -----LISBOA
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domingo gordo é mesmo para enfardar :D :D :D
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