
Não sei se sentem o asco que eu sinto por aquele tipo de gente que se compraz a gozar o seu semelhante. Essa classe de indivíduos costuma servir-se de um pequeno talento que é "ter piada" e humilhar os outros para ter o aplauso de quatro ou cinco fregueses. Aliás, quando estes quatro ou cinco infelizes se riem é o exacto momento em que o gozão rebenta de gozo.
Para mim, esta escumalha de gente que se acha engraçada gozando os outros é gente fraca. E para sentirem pelo menos a ilusão que são "fortes" praticam a humilhação do outro.
Uma das modalidades de gozo que esta escória de gente pratica é tratar as pessoas pelos diminutivos. E fazem-no sobretudo quando estão à beira de amigos, para estes se rirem com a sua estupidez disfarçada de audácia.
Devo dizer que por vezes confundo essas pessoas com os antigos bobos da corte que viviam da "palhaçada". Com os palhaços não as confundo, pois se confundisse estaria a humilhar, sem querer, essa nobre classe profissional que trabalha, com dignidade e talento, no circo.
Desde pequeno que assumi que tenho o dever de não humilhar ninguém, especialmente o que já por si se sente inferior e complexado. ( Se às vezes escorrego para o pecado do gozo é justamente para atacar o gozão...).
Devemos estar cientes que os erros que os outros cometem hoje, nós podemos cometê-los amanhã, pois não somos infalíveis. Todos podemos falhar, já que a perfeição não é desta terra. Tratar os outros com tolerância, e respeito, é um sintoma de educação, mas também de inteligência.
Humilhar o outro é pois a defesa de um homem ignorante pela necessidade de se sentir superior.
Quem ler estas linhas, e achar que tem alguma característca das que acabo de expor, aceite um conselho: Antes de humilhar um ser humano olhe -se bem no espelho que tem lá em casa, e veja se é você mesmo!
CR