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“ OS RAPAZES E O CARROÇO DO TI ZÉ MARIA “
Há muitos anos já passados. Dois rapazes de seus nomes DOMINGOS PEREIRA DIAS e, seu primo MANUEL RITO, dois jovens ainda de tenra idade mas já com a responsabilidade de irem para o monte guardar o gado como era próprio dos afazeres dos mais novos das famílias dos agricultores que desde muito cedo lhes começava a ser incutido no espírito o que era a vida do campo.
Para o efeito, num determinado dia, os pais destes, determinaram para eles irem com as vacas para o monte, ali para os lados do Porto da Boiça. Ao Chegarem ao local, deixaram as vacas à sua mercê e foram direitos ao palheiro do Ti Zé Maria, onde existia um carroço que o mesmo utilizava para pequenos trabalhos agrícolas. Quando chegaram ao dito palheiro, verificaram que este estava com a porta fechada à chave. Vai daí, tentaram abrir a mesma para chegarem ao tal carroço. Estavam tão entusiasmados na tarefa da abertura da porta que nem se aperceberam da chegada do Ti Zé Maria e do Ti Zé da Chã, que os apanharam mesmo em cheio – agarrando-os de tal forma que não tiveram qualquer hipótese de fugir. Estes ao verem-se apanhados, tentaram por todos os meios desempecilhar-se deles para não levarem uns cascudos. Mas o seu efeito foi em vão. Pois estavam de tal forma presos que ficaram sem acção para se poderem libertar.
O pior foi o que veio a seguir. O Ti Zé Maria e o Ti Zé da Chã, começaram por bater com a cabeça de um contra a do outro, deixando-os atordoados de todo que: quando os largaram caíram no chão aparvalhados de todo que nem sabiam onde estavam.
Quando se levantaram do chão, começaram a correr por aquele caminho abaixo direitos a casa que nem sabiam por onde passavam e foram-se deitar na cama cheios de medo, deixando as vacas no monte. Chegada a noite, como os rapazes não apareciam com o gado, os pais foram ver o que é que se estava a passar. Chegados ao local, encontraram o gado abandonado e, rapazes nem vê-los. Ficaram muito assustados com o que se teria passado. Vieram para casa todos indignados com os rapazes e a prometer-lhes umas bragastadas. Quando chegaram a casa, procuraram pelos rapazes mas ninguém dava explicações dos mesmos. Aí ficaram muito assustados e começaram por procurar por tudo quanto era sítio onde estes podiam estar mas nada de os encontrar. Só quando se foram deitar é que deram com os mesmos deitados na cama com a cara e cabeça cheia de hematomas e carregados de febre.
No dia seguinte, tiveram que ir para a farmácia de Vila Pouca de Aguiar, fim receber tratamento aos mesmos - mas sempre com receio de dizerem aos pais o que se tinha passado. Mas, depois de tenta insistência dos pais lá se descoseram e contaram o que lhes tinha acontecido, safando-se desta forma de levarem mais umas boas chicotadas.
Este acontecimento foi contado pelo próprio Domingos, em sua casa no dia 27ABR2013, onde por casualidade estávamos à lareira em sua casa num dia em que estava muito frio mas que foi passado com muita alegria e risada da forma como o amigo Domingos se dispôs a contar esta faceta da sua mocidade bem vincada na sua mente.
Termino com um grande abraço a todos os Paradenses e amigos deste Blogue.
Quinta das Laranjeiras, 30 de Abril de 2013
Agostinho Rodrigues
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Meu Grande amigo já descansa paz
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Absolutamente de acordo!
Sou Cláudio Dias Aguiar, único filho do casal Raim...
domingo gordo é mesmo para enfardar :D :D :D
Os meus pesames a familia.
Como assim??