Afinal, com tanto choro, o pai acordou lá dentro, e veio, estremunhado, ver de que se tratava. O menino mostrou-lhe o cachorrinho morto. A mãe disse:
Moral: O importante não é a morte, é o que ela nos tira.
(Texto adaptado de Millôr Fernandes)
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Cada um de nós já deve ter pensando na brevidade da vida humana. Seja qual for a nossa condição, a nossa raça, o meio social em que vivemos, sejam quais forem as nossas ideias, nós somos transeuntes de um destino que é breve. Somos um livro que mal é aberto sopra sobre ele um vento ignoto que vai folheando as páginas até que a última se feche debaixo da contracapa como se fosse o nosso caixão.
Perante tal evidência, urge equilibrar o tempo desta curta viagem. Há quem tente escapar ao suplício desta verdade investindo na política ou no trabalho, e há outros ainda que o tentam atenuar através da religião.
Eu queria falar-vos aqui da escrita. Falar dela como uma doce terapia do espírito com lugar marcado na mesma estante da sua irmã gêmea - a leitura. A escrita é um processo muito exigente porque nos obriga a selecionar de um conjunto abstrato e caótico de ideias aquelas que, depois de organizadas e relacionadas num estilo particular, podem cumprir a sua função- informativa, lúdica, estética.
Hoje é o último dia para submeter o irs (rendimentos categoria A) sem multa!
E o último dia para pagar o IMI.
"A pessoa humana, sempre em primeiro lugar".
A Igreja Católica tem como posição clara, que a pessoa humana é o centro de toda a vida social. A sociedade existe para organizar a vida, em favor do ser humano. É sempre a pessoa humana, "o Sujeito o Fundamento e o Fim" de toda a vida social. Por isso, se fala muito na "Intangível" Dignidade da Pessoa Humana.
O homem e a mulher, são dotados de igual dignidade; eles têm igual nível e igual valor. Por isso, a dignidade humana, vem antes de qualquer formulação dos direitos e das próprias leis. Todas as vezes que a dignidade humana é respeitada, a humanidade progride dentro da "Moral Cristã." Dentro desta moralidade, é fácil explicar a posição contrária da Igreja ao Aborto, Eutanásia, Pena de Morte em qualquer situação, Divórcio, Abuso dos Anticoncecionais, das Drogas, do Álcool e da Prostituição.
A Igreja considera que qualquer atitude, mesmo apoiada pelas leis, fere a dignidade humana. A mulher ao assumir sozinha as responsabilidades físicas e morais de um aborto, é discriminação. A mulher suportar as complicações oriundas do uso da "pilula" e as deformações físicas, é contra a dignidade humana. Há tempos, no Nordeste do Brasil, um grupo que se intitulava "protetores das famílias", faziam laqueadura de trompas em mulheres jovens, sem que elas soubessem. As mulheres eram mutiladas, ao invés de ajudadas nos seus Planeamentos Familiares.
A Igreja segue os ensinamentos de Jesus Cristo, abomina o pecado, mas ama e ampara o pecador. Ela condena a Droga, mas acolhe o viciado. Abomina o Álcool, mas têm vários grupos de ajuda aos "alcoólicos", são os "Alcoólicos Anônimos". A Igreja combate a prostituição, mas ampara a prostituta, procurando ajudá-la a encontrar o caminho da volta. Ela condena a Pena de Morte, pois quem não dá a vida, não tem o direito de tirá-la.
É muito fácil acusar a Igreja de que ela é retrógrada, arcaica, mas ninguém se preocupa em ajudar. Falar é fácil, agir e ajudar é difícil. Todos atiram pedras na Igreja, isto porque ela incomoda. " Em árvore que não dá fruto, ninguém atira pedras". A falta de Deus na vida das criaturas é a pior desgraça do ser humano.
Deus abençoe a todos
Agostinho Gomes Ribeiro
"As Mensagens do Mestre Jesus, têm sempre algo de novo."
Eu nasci dentro da Igreja Católica, fiz a Primeira Comunhão e fui Crismado no mesmo dia, na Igreja de Soutelo, quando tinha oito anos de idade, pelo D. António da Fonseca, Bispo de Vila Real. Quando tinha onze anos, fui aprender a ajudar à Missa, durante duas semanas, na Residência Paroquial de Soutelo. Era aquela Missa em Latim, o Padre de costas para o povo. Eu respondia em Latim, como um "tagarela", mas não sabia o que dizia. Era tudo na base da decoreba. Houve um tempo que na Aldeia de Parada, só eu sabia ajudar à Missa. Muitas vezes a minha Mãe ia me buscar no campo para vir ajudar à Missa.
Quando vim para o Brasil, e depois comecei a estudar, me desliguei, completamente, da Religião. Quando era chamado para alguma Missa, procurava chegar sempre atrasado, para não escutar aqueles sermões "chatos" que os Padres faziam. Eu até me gabava, em rodas de amigos, de não escutar e nem entender estas balelas. Por isso, ia muito poucas vezes à Missa.
Certo dia ia ter uma prova difícil na escola e tinha muitas dúvidas. Pedi a um professor, muito amigo, se me tirava as dúvidas que eu tinha. Atendeu-me prontamente e mandou que, no domingo seguinte, fosse a sua casa. Quando cheguei, ele estava de saída com a família para a Missa. Mandou que esperasse, pois na volta, ele me atendia. A Igreja ficava próxima à sua casa e eles iam caminhando. Mais por delicadeza do que pela fé, resolvi acompanhar o professor e sua família à Missa. Eu admirava muito aquele professor. Era autor de vários livros, era, talvez, o melhor professor do Colégio, que eu conhecia, por isso, ele era muito amado e respeitado por todos os colegas e alunos. Durante a Missa, fiquei espantado, ao ver "aquele poço de sabedoria", prestar tanta atenção ao sermão, que era feito por um Padre bastante idoso, que falava muito arrastado.
Depois da Missa, o professor elogiou muito a clareza com que o velho Sacerdote, explicara os Evangelhos. Disse que a cada dia, as mensagens de Cristo, tinham algo de novo, que eram preciosas como a "pedra do seu anel", sempre bonitas e valiosas, ainda que apresentadas por voz idosa e cansada. Voltamos para casa do professor. Após me oferecer um café, com toda a boa vontade, me explicou tudo o que eu precisava. Dada a rapidez com que ele explicava, eu anotava num caderno, fazendo mais rabiscos do que letras. Terminada a explicação, ainda falou mais uma vez na mensagem do Evangelho.
Chegando em minha casa, peguei aqueles rabiscos, alguns até mal feitos, e consegui entender tudo o que o professor me havia explicado. Então eu concluí: que eu entendera tudo, por que me interessava. Ora, as mensagens das Missas, eu não entendia, porque não me interessavam. No domingo seguinte, voltei àquela Igreja, na mesma hora para assistir à Missa celebrada por aquele velho Padre. Naquele dia, por causa do interesse, consegui entender tudo, achei muito belas aquelas palavras, que deram um novo sentido à minha vida. A partir de então, comecei a me interessar pela religião, estudei muito, participei de muitos retiros e palestras. O Evangelho tornou-se algo de novo para mim e terá para qualquer pessoa que tenha interesse em escutá-lo e vivê-lo.
Pedi perdão a Deus pelo tempo que havia perdido na ignorância. Hoje escuto os sermões, com muita atenção e muito interesse, pois sempre têm algo de novo para a nossa vida. Hoje converso muito com esse professor, que, embora velhinho, é uma Enciclopédia Ambulante.
Diz-me com quem andas e eu te direi quem és.
Deus abençoe a todos
Agostinho Gomes Ribeiro
Há quem pense que a felicidade se esconde por detrás de um novo Ferrari, de uma acompanhante de luxo, ou algures na sombra de um paraíso fiscal...Estamos, neste caso, perante uma classe de gente que jamais conhecerá os verdadeiros meandros da felicidade, pois para além do necessário acumulam o supérfluo, sem nunca se satisfazerem...
Há outros que acham que a felicidade se esconde no sereno convívio de uma refeição bem regada; numa pequena roulotte que pára e arranca no centro da natureza, num passeio à beira mar ...Esta categoria de pessoas parece-me mais próxima da realidade, e até da verdade.
Oscar Wilde dizia com propriedade que " só existem duas tragédias na vida: uma é a de não termos o que queremos; a outra é a de o conseguirmos".
FCR
Faltou a sorte, sobrou a morte
Faltou amor, sobrou a dor
Faltou riqueza, sobrou suor
Faltastes vós, sobramos nós.
Faltou a voz, sobraram gestos,
Faltou a fome, sobrou o pão
Faltou o riso, sobra o sorriso
Falta alegria, sobram as mágoas.
A.V.
Ajuste Direto
Devagar que tenho pressa
O ajuste direto podia ser um processo mais cauteloso e bem aceite pelo contribuinte que é quem a final o tem de pagar? Podia, mas deixava de ser aquilo que "os adjudicadores" pretendem que seja.
O "ajuste direto" – embora o não pareça - é um instituto com idade mais que suficiente para ter juízo, porquanto nasceu há mais de meio século. Com efeito, o " DL n.º 41375 de 19 de Novembro de 1957, que regulamenta as despesas com obras ou com aquisição de material para os serviços do Estado, consagra o ajuste direto, distinguindo-o do concurso público e do concurso limitado – cfr. art. 6.º - e só permite o recurso ao ajuste directo no caso de despesas reduzidas, e se for inconveniente ao interesse do Estado a realização de concurso".
Note-se que entre 2008 e 2011 foram celebrados “230 mil contratos públicos com recurso a ajuste direto, somando cerca de 7 mil milhões de euros. Deste total, mais de 1,2 mil milhões foram adjudicados sem cumprirem a lei” – (jornal SOL, de 4.11.2011).
Por regra, as administrações e organismos públicos só podem recorrer ao ajuste direto para empreitadas de obras de valor inferior a 150 mil euros, e para adjudicações de bens e serviços abaixo dos 75 mil euros. Mas há algumas entidades (como as empresas públicas ou municipais) em que o limite chegou ao milhão de euros. Ao mesmo tempo, foi criada uma excepção, de carácter temporário, que permite o recurso ao ajuste direto até cinco milhões de euros “quando estão em causa projetos que agilizem a economia ou recorram a fundos comunitários”. O rol de exceções permite ainda, em determinadas circunstâncias, superar estes valores.
O ajuste direto pode, assim, dar azo aos cozinhados mais criativos, através de receitas “ad hoc”, isto é, ao gosto e à medida da clientela. Os princípios da concorrência, transparência e da igualdade são, pois, na generalidade dos casos, regras a violar, embora a ciência económica nos diga que é na concorrência que se formam as propostas mais competitivas, e a teoria política nos aconselhe que as instituições alimentadas pelo Orçamento de Estado devem optar por aquela que melhor satisfaça o interesse público.
Com efeito, uma das traves mestras do desenvolvimento económico e financeiro do Estado assenta na efetiva e sã concorrência entre os agentes económicos que com ele entram em relação de prestação de serviços ou fornecimento de bens. Só um tolo não perceberá que é na concorrência que se formam as propostas mais competitivas e que as instituições públicas contratantes podem escolher aquela que melhor satisfaça o interesse geral.
E em termos de transparência na contratação pública em geral, e no ajuste direto, em particular, o que nos diz a ciência e a experiência sobre este lugar-comum tão incomum?
A ciência diz-nos que todos os dados dos concorrentes contratuais deveriam aflorar à vista escrutinadora do cidadão, pois a concorrência é um valor essencial da Democracia, do Estado de Direito e do acautelamento do interesse público que todos devemos saber gerir. Mas a experiência diz-nos coisa diversa: que a realidade tem vindo a ser outra, isto é não há transparência absolutamente nenhuma.
As nossas instituições, nomeadamente as Câmaras Municipais, não selecionam quem lhes preste o serviço mais vantajoso para o interesse geral. Adotam o critério do interesse particular, ou de grupo, disfarçado de interesse comum. E assim violam simultaneamente dois princípios fundamentais: o da concorrência livre e o da igualdade de oportunidades.
O caso concreto da escolha de advogados que patrocinem as Câmaras em litígios judiciais é estrondosamente exemplar a este respeito. Não se pedem propostas à generalidade dos operadores existentes numa determinada comunidade, escolhe-se a proposta de A, ou de B, que são do partido que exerce o poder; não se dá oportunidade a todos; premeia-se a fidelidade partidária, a bonomia acrítica, a curvatura cervical.
Nenhuma justificação legal poderá iludir esta realidade: as nossas instituições públicas, da mais gigante à mais pequenina, não estão ao serviço do interesse geral das populações, estão ao serviço do interesse paroquial, ou caseiro, dos seus amigos e dos seus parceiros políticos.
C.R.
Às vezes, dou comigo a olhar, sem ver, ou reparar. Se ando não paro, se oiço não escuto; Nesses momentos, não sinto, nem penso, não recordo, nem faço projetos. Estou mas não sou, isto é, sou o que os meus sentidos me permitem que seja. Uso-os como instrumentos que me são úteis para me relacionar com o mundo. Para beber ou comer; para falar, para me deslocar, para ouvir, para estar. Sou, nesses momentos, um peregrino com um destino pré-definido, não um viajante à descoberta do mundo. Estranhamente, é nesses momentos que eu mais compreendo os seres humanos que lidam comigo. Vejo-lhes falhas que compreendo; noto-lhes erros que relativizo.
Outras vezes, surpreendo-me a olhar, mas para dentro dos seres e das coisas. E é então que eu deixo de olhar para ver, que deixo de ouvir e passo a escutar. E analiso o que os outros dizem ou fazem com o periscópio da minha alma, filtrando tudo, separando o que é bom e mau para mim.
Porém, no fundo destas formas de existir há um traço contínuo que não ultrapasso – a minha orgânica forma de ser, esta inevitável permanência do lado de dentro das minhas raízes. Isto é, se deixo a vida à superfície, instalo-me logo depois na existência.
A.Valtique
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