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Duarte Lima, em minha opinião, não é o tipo selvagem que a imprensa parece dar eco. Já vieram a terreiro, pessoas que com ele privaram, exprimir a sua estupefacção pela acusação que lhe fazem.
Embora os factos pareçam apontar para uma tese segura de assassinato levado a efeito pelo acusado, mesmo que tal se comprove, Duarte Lima não é, como muitos não são, um assassino de faca e alguidar.
Um homem não é apenas um comportamento. É, antes, uma sequência mais ou menos coerente de atitudes. Este homem não pode apenas ser visto de revólver em punho a matar uma pessoa, por acaso sua cliente.
Duarte Lima já foi criança, jovem e adulto e nunca matou ninguém. Logo, não é uma pessoa violenta por natureza, um assassino sanguinário. Há quem já venha do útero de revólver na mão. Duarte Lima certamente que não.
Então o que fez de um inocente rapaz, que tocava órgão na Igreja da sua terra natal, um virtual homicida?
O filósofo francês, J. J. Rousseau celebrizou uma ideia que pode explicar esta questão: " O homem nasce bondoso, a sociedade é que o corrompe".
Duarte Lima é um hiper-ambicioso. Deixou a província, estudou, trabalhou. Subiu a pulso até se destacar na montra política, que é o parlamento, onde liderou a bancada laranja. Algum tempo depois, a riqueza súbita obrigou-o a ter de explicá-la e fê-lo cair de novo na penumbra do anonimato, depois de se demitir.
Duarte Lima, em Lisboa, no epicentro da alta finança e da alta política, o que vê à sua volta? Gente que ele tenta imitar. Pessoas que ganham milhões no mesmo espaço de tempo que um cidadão comum ganha tostões. A queda abrupta no anonimato mais lhe terá aguçado o apetite pelo dinheiro rápido e fácil. Seria a forma de ele poder vingar a fama perdida, pois precisava de pedestal para viver.
É preciso notar que Duarte Lima para comprar casas de vários milhões era obrigado a ter dinheiro para isso. E como se ganham milhões, sem o milagre da lotaria, ou sem o suporte de uma super-herança familiar?
Apanhando a riqueza dos outros. Mesmo que seja preciso invadir o círculo restrito de uma herança extra-familiar, como foi o caso. Tudo isto para continuar a satisfazer o seu desígnio umbilical de ser poderoso pelo dinheiro.
Houve uma pessoa que, legitimamente, quis estorvá-lo na sua gananciosa missão plutocrata. Pois bem, era preciso contornar o obstáculo. Foi o que fez. Só que em vez de o contornar, eliminou-o, com dois tiros certeiros e definitivos.
( O facto de resultar da leitura do texto uma convicção que é minha, não significa que esteja a dar a pessoa em causa por condenada. A presunção de inocência deve acompanhar o arguído até, pelo menos, ao total exercício do contraditório por parte dele)
CR
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Meu Grande amigo já descansa paz
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Absolutamente de acordo!
Sou Cláudio Dias Aguiar, único filho do casal Raim...
domingo gordo é mesmo para enfardar :D :D :D
Os meus pesames a familia.
Como assim??