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A gente anda por esse mundo de Deus, mas quando chegamos à nossa humilde aldeia, ficamos felizes porque chegamos à nossa Parada. Nos meus tempos de adolescente, a nossa Parada era muito diferente da que é hoje. É verdade que ainda encontramos muitas recordações desse tempo, como a Fonte do Santo, a Fonte do Mouro, a Fonte do Neto, o prédio da Escola, o Adro e a Capela de São Pedro. Porém, tudo muito abandonado. Uma característica muito importante da nossa Parada, é a falta de memória.
Na nossa Parada, não encontramos mais tantas coisas que no passado eram muito interessantes. As mulheres a carregar cântaros de água à cabeça, as estrumeiras, tapetes de mato que eram colocados nas ruas. As famosas ramadas, que faziam sombra no verão e carregadas de uvas no outono. Não vemos mais as candeias e os lampiões a iluminar as noites. As lareiras acesas para fazer as refeições. Os campos verdes de milho, batatas e centeio. As cegadas, as malhadas, as desfolhadas, o mês das castanhas, pois quase não se veem castanheiros, também não se ouve mais o chiar dos carros de bois, o murmúrio das águas a correr pela aldeia para regar os campos. Hoje o progresso invadiu a nossa Parada.
Tudo é diferente, luz elétrica, água nas casas, esgotos sanitários por todos os lugares, Centro Social, telefones fixos ou móveis por todos os lugares, carros em profusão. Até os baldios que antes não valiam nada, hoje são fontes de renda para a aldeia. Mas, infelizmente, todas estas mudanças, também influenciaram as pessoas. Hoje existe um egoísmo exagerado, é cada um por si e Deus por todos, não existe mais a coletividade de outrora. As pessoas leem muito pouco, mas fofocam muito, a vida do outro interessa mais que a própria vida.
Hoje predomina o orgulho, a vaidade e o egoísmo. Eu já escutei um paradense dizer que, quem não tem patrimônio na aldeia, não pode dar palpite em nada. A propriedade de cada um, é sagrada. Mas as partes públicas pertencem a todos os que nasceram nessa terra. Hoje não vemos mais grupos a conversar nas ruas, as pessoas se fecham em casa a ver televisão ou a navegar pela internet. Até a fé esfriou por completo. Antigamente, ninguém faltava á Missa em Soutelo, hoje vão poucos. Um povo que teve a coragem de trocar a escola por um albergue, é capaz de tudo. Por isso, tudo o que se vê de anormal, é para muitos o certo.
Parada, quem te viu e quem te vê
Deus abençoe a todos
Agostinho Gomes Ribeiro
Olá., meu bisavô era Crisostomo de Aguiar e veio d...
Meu Grande amigo já descansa paz
Caro primo, Fernando, pelo que me dizes só pode de...
Caro primo, essa passagem do Padre Manuel do Couto...
Parabéns, esse sim o sentido da vida, ajudar sem o...
Absolutamente de acordo!
Sou Cláudio Dias Aguiar, único filho do casal Raim...
domingo gordo é mesmo para enfardar :D :D :D
Os meus pesames a familia.
Como assim??