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Querida amizade,
Espero que te encontres bem de saúde. Eu, embora sem ti, cá vou andando.
Queria dizer-te, do fundo do coração, que gosto muito de ti. Eu sei que te posso ter desiludido algumas vezes. Sei que outras vezes me posso ter distraído, deixando de pensar em ti. E se isso por ventura aconteceu queria pedir-te desculpa, dizer-te que vou estar mais atento aos teus anseios, às tuas necessidades, ao teu sofrimento. Peço-te que não te deixes confundir pela confusão, frustrar pela frustração desiludir pela desilusão. Não esvazies o teu coração, só porque ouviste dizer mal de mim.
Querida Amizade,
Se tiveres queixa de mim, diz-me só a mim o que te vai na alma. Só eu sei o que fiz ou não fiz, o que disse ou não disse. Só eu saberei esclarecer a essência das minhas palavras. Mais ninguém.
E se por ventura houver alguma razão para não estares contente comigo, não queiras que a vírgula que nos separa, se transforme em ponto final.
A. Valtique
O meu primeiro amigo foi um vizinho (que não vou nomear, mas a ele talvez não seja difícil ver-se aqui retratado), com o qual brinquei durante toda a infância. Corríamos juntos; cantávamos juntos; ríamos juntos; estudávamos juntos. Íamos as ninhos, os dois; armávamos "ratoeiras" ( nos dois sentidos...) os dois... Chegámos a "fumar mata ratos" (!), os dois.
Mas o que melhor eu recordo ter feito, na companhia desse meu amigo, e que relembro com pesada nostalgia, foram duas coisas que a passagem do tempo, em vez de apagar, parece iluminar cada vez mais. Coisas simples... Mas tão alegremente (con)vividas, que ficaram pra sempre, na minha memória.
Uma delas, foram os repetidos convívios em dias de fortes nevões. ( Todos os anos havia um, pelo menos). Logo de manhã, se estávamos em tempo de escola, a alegria de estarmos livres para fazer outras coisas irmanáva-nos numa festa interior exuberante . Depois de um caldo de cebola bem recheado com broa, lá íamos nós, quelha abaixo, por trás das "nossas" casas, com duas ratoeiras escondidas debaixo das samarras, e toca a armá-las, ou na cortinha, ou, um pouco mais longe, no fojo. Depois, íamos "a galope" para o "escorrega"... ( "Escorrega"?! - perguntarão. Numa aldeia de há quarenta anos?! - interrogar-se-ão. Não, não havia na aldeia nenhum escorrega, como os que hoje se vêem...O escorrega de que vos falo era muito mais natural...e circunstancial... Era uma espécie de prenda do Pai Natal... "entregue" no dia seguinte a uma grande nevada - depois de uma forte geada em cima da dita). Para ser mais preciso: o nosso escorrega era toda a ladeira junto da capela do santo.
Depois de um pequeno balanço, projectávamo-nos com os pés em paralelo, lateralmente por causa do equilíbrio, e lá íamos nós a escorregar dezenas de metros... provando a quem nos via que não era preciso fazer ski, para ter sensações parecidas.
Esta foi a nossa brincadeira de vários invernos.
A outra, acontecia nos dias quentes de Verão. Íamos até à rebolfa ( uma represa do rio corgo), tirávamos a pouca roupa que tínhamos, e toca a mergulhar na água fresca da "presa".
Numa dessas tardes de perfeita loucura, quis mostrar ao meu amigo a minha recente habilidade aquática ( uma pirueta a anteceder um mergulho...) Tomei o inevitável balanço... e..."catrapuz"... o raio da pirueta ficou mais ou menos a meio... e a minha cabeça, em vez de ficar de novo virada pra cima... enterrou um pouco na areia... o suficiente para eu ficar desnorteado... Valeu-me o amigo expedito, que, ao ver-me tempo demais de pernas viradas pra cima, temeu o pior, e saltou, arrancando-me pelos braços a cabeça da areia... segundos depois, a relva verde de um lameiro, ao lado do rio,
bebia da mesma água que eu tinha bebido... que eu lhe oferecia soltando urros vindos do fundo do estômago...
( Piruetas no rio? Nunca mais, a partir dessa tarde menos feliz...).
Olá., meu bisavô era Crisostomo de Aguiar e veio d...
Meu Grande amigo já descansa paz
Caro primo, Fernando, pelo que me dizes só pode de...
Caro primo, essa passagem do Padre Manuel do Couto...
Parabéns, esse sim o sentido da vida, ajudar sem o...
Absolutamente de acordo!
Sou Cláudio Dias Aguiar, único filho do casal Raim...
domingo gordo é mesmo para enfardar :D :D :D
Os meus pesames a familia.
Como assim??